terça-feira, 13 de julho de 2010

Não é

necessariamente não gostar de quem eu sou.
Mas odiar tanto a agústia de demorar para ser.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Hoje a noite, aqui na selva, quem dorme é um Leão

Você fingiu que ia embora e seus olhos se despediram de mim. No vácuo do vento que você não deixou ao pouco passar eu soube o que é a culpa. Você não tem como saber o peso de uma culpa de 9 anos, criança. Cabe dizer que cheira a molhado, cor de coleira primeiro rosa e depois azul. Lembra promessas que você nunca ouviu, mas sempre acreditou, desejando com um modo insuportável de latir.
Preferia aquela brincadeirinha ridícula de me assustar ao pular em mim quando a janela clareava, acordando-me, a essa de chamar a minha atenção perdendo um pedaço seu. Ao ter medo de te perder, só pensava - e chorava - que você nunca foi o grande cachorro que quis, mas a amiga que precisei ter.
Agora continua acreditando em mim, com o mesmo ar bobo de sempre, e eu continuo te cuidando, com esse amor desleixado da vida toda.

Contato

Se pra tudo há razão nessa vida, por favor, alguém venha me dizer. Esclareça que felicidade assim não dá pra ser de um alguém só. Que seja só então aquela que quer um mundo inteiro pra si.
Que venha a me explicar, vontade por vontade, que a mim é permitido só imaginar um sorriso do tamanho de um céu, um toque que me faça mar.
Espero que venha me dizer que acordar e olhar nesses olhos me tornará cega, que estar nesse calor me fará perder uma mão.
Por favor, justifiquem agora. A distância é mais bondosa corroendo um coração.