terça-feira, 26 de maio de 2009

Jacobina - A Cidade do Ouro

















  Sábado retrazado acordei 4:30 da manhã com um humor não muito atrativo e umas coisas estranhas revirando no meu estômago para ir a Jacobina. O objetivo da viagem era apresentar a Ordem Internacional das Filhas de Jó para a Loja Maçônica da cidade e, óbvio, convencer os maçons de lá a fundar um Bethel [sede das reuniões da Ordem]  em Jacobina. 
  Apesar da minha ânsia por viajar, por mudar um bocadinho de ar, de ver alguma coisa que não a Avenida Paralela, eu não estava me sentindo muuuito empolgada para ir. Talvez seja porque não estávamos a turismo, e sim a ''trabalho'', entende? Fazer uma reunião mais ou menos parecida [ok. Bem diferente] das que fazemos aqui, só que em outro lugar. E para contribuir com a minha falta de empolgação, meu enjôo não passava nunca. Mas enfim, fui. Na verdade, não havia como não ir. 
  Jacobina é uma cidade de 76.479 habitante, no Noroeste da Bahia [viva google \o/] e é conhecida como a Cidade do Ouro, porque já foi bem importante no auge da extração mineral. Ainda existem minas lá e nelas ainda há ouro, mas, como você deve imaginar, a população nem vê o tal do ouro. Segundo nosso tio, o ouro é extraído e levado pelos canadenses. Mas então, boa parte do que fez a viagem valer a pena foram as serras. Meu Deus, lá é lindo! E minha câmera não parou. Quer dizer, parou quando minhas pilhas fuleiras descarregaram. Mas nada que Naty, sua eficiência e suas pilhas não pudessem resolver =D.
  Uma das coisas que super me fez não me arrepender de ter saído de casa foi Hellen. Essa coisa rica em melanina aí do meu lado. Não que eu não adore as outras meninas. Mas quem iria dividir comigo o fone de ouvido, os momentos autistas, as observações confidenciais e dizer coisas como "Você é doente", "Você é imbecil" e "Vá se tratar, véi!". Isa, Rafinha e Naty não me diriam isso. Se dissessem seria preocupante. Quando Hellen não diz é preocupante. Espero que ela note como é agreste e diga que me ama assim que ler isso. Ahuahuehua.



  Outra coisa que com certeza vai me fazer voltar a jacobina algum dia na minha vida é a paisagem. Além da serra, tem rios e cachoeiras. Nao vimos as cachoeiras, mas os tios disseram que lá o turismo ecológico é um bocado forte. Sem dúvidas, esse é o tipo de turismo que eu vou voltar lá pra fazer, só que um bocadinho mais preparada, e não de sapatilha e blusinha de botão.




 
  No domingo, depois de muito implorarmos, choramingarmos e dramatizarmos, tivemos uma pequena e super boa amostra do turismo ecológico da cidade. Dois tios se disponibilizaram a nos levar em um passeio de Jipe. Subimos pela serra até o Alto do Cruzeiro, um dos pontos mais altos da cidade. Há uma escada imensurável, com uns duzentos e tantos degraus brancos, que levam até o alto, onde tem uma cruz também branca. As pessoas sobem essa escada na Semana Santa em demonstração de fé. Ao pé da cruz tem muita, mas muita cera de velas  acesas por quem sobe o cruzeiro. Mas eu acho que com jipe é bem mais legal!